Conteúdo feito por Guilherme Dias Araujo
Batman Begins (Batman Begins, 2005) de Cristopher Nolan
Cristopher Nolan iniciou aqui, não somente uma das melhores adaptações de HQ de super-heróis de TODOS OS TEMPOS (ao lado de sua sequência, “Watchmen”, “Homem-Aranha 2”, “X-Men 2”, “X-Men – Primeira Classe” e “Superman – O Filme”) como também uma das MELHORES, MAIS COMPLEXAS e MAIS INTELIGENTES franquias de aventura da história do cinema.
Tendo o ótimo princípio de ignorar
completamente os filmes anteriores do herói (os filmes de Tim Burton são
estilosos mas não têm roteiros que façam jus ao heróis; já os de Joel
Schumacher são abominações cinematográficas traumatizantes), Nolan e David
Goyer criam um roteiro INCRIVELMENTE sábio ao penetrar completamente na psique
de Bruce Wayne e gastar, quase, metade do filme com sua história de vida
trágica, os ensinamentos profundos de seu pai, a imagem fraternal de Alfred e
sua juventude turbulenta por memórias e rancores do passado gerando meios
confusos e auto-destrutivos de extravasar. Hora nenhuma no filme isso soa
piegas ou superficial, Nolan e Goyer sempre criam interações e diálogos
inteligentes e elegantes que não revelam mais do que deveriam e expressam os
sentimentos dos personagens com muita objetividade e complexidade.
GRANDEMENTE
baseado num mundo realista, sujo, impiedoso, vil e cruel, “Batman Begins”
também retrata o treinamento e a transformação de Bruce Wayne em Batman com
imenso respeito à inteligência do espectador: apesar de terem alguns detalhes
fantasiosos charmosos, tudo é EXTREMAMENTE plausível e real – afinal, Batman
nunca foi um herói com super-poderes. Desde os ensinamentos de luta com base em
Kung-fu, a teatralidade do homem-morcego, a imponente caracterização, os
artifícios e as armas...TUDO é explicado de forma orgânica e direta. Aliás, a
caverna, o roupa, a capa, a máscara, as armas do Batman, tudo tem um propósito
bem definido e muito bem apresentado – principalmente o símbolo que Bruce
escolhe para ameaçar seus adversários: algo que entra em concordância com o
estudo do psicológico do personagem desde o início – e essa importância com a
personalidade do herói e o que o torna o herói é algo profundamente TOCANTE.
Nolan,
além de ÓTIMO roteirista, também dirige o filme com um tom épico monumental: as
locações na China durante o treinamento do Bruce e a Gotham City moderna e
violenta de Nolan são de encher os olhos pela minúcia e detalhes de sua
concepção. Nolan leva tudo com um tom sombrio e melancólico que combina
PERFEITAMENTE com o herói e sua história de vida, além de fazer um elo com
filmes noir e policiais violentos, já que os vilões aqui são policiais
corruptos, mafiosos e profissionais mentalmente perturbados, e deturpados,
outro exemplo do MARAVILHOSO realismo de Nolan. A fotografia sombria e
envelhecida de Nolan é elegante e ajuda na atmosfera tensa do filme e na
imponência da perigosa Gotham City. Aliás, a atmosfera é completamente inundada
pela inspiradora trilha sonora, que cria tons grandiosos e tristonhos
maravilhosos. Os efeitos visuais são impecáveis e utilizados com comedimento e
inteligência.
As
sequências de ação são excelentes, principalmente a cena do tumbler – e apesar
de reclamarem desse novo “Bat-móvel”, é fenomenal em sua concepção e utilidade.
Já quanto aos vilões: Ra’s Al Ghul é uma estupenda surpresa do filme é perfeito
na proposta do filme de relacioná-lo fortemente a origem do herói e deturpar o
siginificado de sua cruzada – fora que Liam Neeson tem um presença em cena
admirável e inspira força e ameaça pelo tom de voz, ao mesmo tempo de
confiança; já o Espantalho de Cilian Murphy dá um tom de fantasia bizarra para
o filme que diverte o traz mais perto de suas origens de HQ, apesar de
totalmente plausível.
Michael
Caine demonstra intensidade emocional admirável como Alfred, suas preocupações
são palpáveis; Katie Holmes é talentosa ao não se render em ser a mocinha
histérica e sua Rachel Dawes demonstra um idealismo tão emocionante quanto o do
herói; Gary Oldman é hábil ao mostrar o cansaço físico e psicológico do Tenente
Gordon, e isso torna seu caráter ainda mais respeitável; Morgan Freeman nos
diverte com o cinismo de Lucius Fox e ajuda a tornar as ferramentas do Batman
mais realistas; já Rutger Hauer demonstra poder e arrogância que reflete as
granes corporações de hoje em dia.
Mas o filme
pertence mesmo a Christian Bale, que pegou o Bruce Wayne/ Batman das páginas do
roteiro e transpôs de forma magnífica em sua complexidade moral e emocional.
Bale demonstra com delicadeza os conflitos internos de Bruce e nos convence
piamente de suas motivações morais de se tornar o Batman. Além disso, Bale
consegue dividir os três personagens PERFEITAMENTE (o verdadeiro Bruce, o Bruce
playboy e o Batman) ao se expressar diferentemente, mesmo que dolorosamente em
alguns momentos, para ocultar sua identidade. Sua persona como Batman é
absurdamente eficaz, sua expressão facial e corporal ASSUSTADORA e seu tom de
voz IMPACTANTE demonstra seu detalhismo como ator.
Além de ser ótimo escapismo, “Batman Begins” é um filme de super-heróis exemplar por demonstrar paixão irremediável por seus personagens e estudá-los a fundo para emocionar os espectadores. Além de não criar vilões caricatos e tornar suas motivações entrelaçados com o assustador mundo real que em que vivemos hoje.
Um filme a se respeitar!
Além de ser ótimo escapismo, “Batman Begins” é um filme de super-heróis exemplar por demonstrar paixão irremediável por seus personagens e estudá-los a fundo para emocionar os espectadores. Além de não criar vilões caricatos e tornar suas motivações entrelaçados com o assustador mundo real que em que vivemos hoje.
Um filme a se respeitar!
Informações: http://www.imdb.com/title/tt0372784/
Nota IMDB: 8.3
Batman – O Cavaleiro das Trevas
(The Dark Knight, 2008) de Cristopher Nolan
Impressionante ainda depois de anos após seu lançamento, “O Cavaleiro das Trevas” não é somente um dos melhore filmes no ano que foi lançado (aliás, INFINITAMENTE melhor que TODOS os filmes indicados ao Oscar de melhor filme naquele ano, inclusive o vencedor), mas também um dos melhores, se não “O” melhor, filme de super-herói de TODOS OS TEMPOS e, juntamente com o brilhante “Watchmen”, um filme que firmou um novo patamar de filmes de super-heróis no cinema mundial: um filme denso, inteligente e emocionante para o público adulto!
Se o
roteiro do filme anterior já havia sido um primor de estudo de personagem, com
bases fantásticas, de modo realista, profundo e sentimental com um tom sombrio
de film noir (sem esquecer as excitantes cenas de ação e personagens
secundários MARAVILHOSOS), aqui os Irmãos Nolan escreveram um filme policial
cruel e violento que leva o espectador ao limite da agonia e do sentimento cada
vez mais intensamente de acordo com as situações mais desesperadoras de seus
personagens – TODOS os personagens. Nolan dirige o filme confluindo
ABSOLUTAMENTE TUDO que os grandes cineastas do cinema de ação fizeram de
melhor: capta o nervosismo e a urgência de Wiliam Friedkin; os embates
psicológicos GRANDIOSOS de personagens que têm muito mais em comum do que
pensam de Michael Mann; o suspense sufocante e agonizante de Brian de Palma e
os planos e personalidades SURPREENDENTES dos filmes policiais de Martin
Scorsese. Um exemplo disso é retratar o Batman não como um herói absoluto, mas
como um membro de um time de policias, promotores e políticos que lutam pelo
bem de Gotham; e isso, além de emocionante ao desenvolver figuras como o
Comissário Gordon, Rachel e Harvey Dent, confere ainda mais realismo e peso
para as situações que Batman se encontra.
A grande
sacada do filme reside justamente no antagonista: o ASSUSTADOR Coringa de Heath
Ledger. Os Nolan criaram uma personalidade tão FORTE e DOENTIA para seu vilão,
que toda sua inteligência, magnitude, psicopatia e mistério são absurdamente
bem calcados na realidade. Apesar de nunca sabermos a origem exata do vilão,
isso o torna ainda mais assustador, imprevisível e inconsequente ..e cada vez
mais ameaçador para nosso herói (e aqui o duvidamos muito da capacidade de
Batman detê-lo). Aliás, imprevisibilidade e inconsequência são duas palavras
exatas para exprimir os planos do Coringa, os Nolan conseguem captar nossa
atenção e surpresa com cada vez mais intensidade e desequilíbrio emocional à medida
que o filme avança – realmente, poucos filmes Hollywoodianos reservam tão
PROFUNDAS e DEVASTADORAS emoções quanto esse aqui. O Coringa é um vilão que tem
a inteligência de enxergar todas as vertentes que podem surgir das situações
que estão pra ocorrer e consegue, de uma maneira ou outra, sempre estar no
domínio de seus algozes e realizado algo ainda mais desumano e doentio do que
havia feito antes, sempre procurando testar o físico, e principalmente o
psicológico dos personagens – e tudo isso embalado pelo tom realista e complexo
dos Nolan.
Ledger
conseguiu, com maestria, incorporar toda a mentalidade aterradora do Coringa e
exprimir, com MAGNÍFICOS DETALHES, suas intenções e motivações que são MUITO
MAIS desafiadoras, anárquicas e profundas que qualquer vilão de qualquer outro
filme de super-heróis. O andar, os encurvamentos, a dicção e as expressões de
Ledger nos abominam por transparecer seus ideais, mas não deixam de fascinar
pelo paralelo POÉTICO com os ideais de Bruce Wayne/Batman – e a complexidade da
relação dos dois que, em estudos, estão mais próximas do que se imagina, cria
uma densidade emocional tanto para Batman quanto para o Coringa que engrandece
ainda mais o que cada um representa – outro ponto positivo para os Nolan.
Sempre contando com diálogos inteligentes, desafiadores e inspiradores, o roteiro dos Nolan ainda cria uma continuidade admirável com o filme anterior, nunca deixando de mostrar a evolução dos personagens que nos tocaram: a Rachel de Maggie Gynlenhaal continua brava e decidida, além de se ver divida entre o amor de criança de Bruce e o idealismo apaixonante de Harvey Dent; Michael Caine continua trazendo Bruce de volta à realidade com seus ensinamentos honestos e valorosos; Morgan Freeman diverte pela ironia com que interage com Wayne e tem um papel decisivo de peso moral no fim do filme que reflete TODA a política de hoje em dia – outro ponto que engrandece o filme; já Gary Oldman continua encantando com a vontade inabalável do Comissário Gordon de trazer o bem para Gotham.
Sempre contando com diálogos inteligentes, desafiadores e inspiradores, o roteiro dos Nolan ainda cria uma continuidade admirável com o filme anterior, nunca deixando de mostrar a evolução dos personagens que nos tocaram: a Rachel de Maggie Gynlenhaal continua brava e decidida, além de se ver divida entre o amor de criança de Bruce e o idealismo apaixonante de Harvey Dent; Michael Caine continua trazendo Bruce de volta à realidade com seus ensinamentos honestos e valorosos; Morgan Freeman diverte pela ironia com que interage com Wayne e tem um papel decisivo de peso moral no fim do filme que reflete TODA a política de hoje em dia – outro ponto que engrandece o filme; já Gary Oldman continua encantando com a vontade inabalável do Comissário Gordon de trazer o bem para Gotham.
Mas,
depois de Ledger, o filme tem seus dois principais destaques para Cristhian
Bale e Aaron Eckhart. Bale demonstra com segurança que Bruce está mais
confortável em administrar a vida do verdadeiro Bruce e do Bruce playboy após
tanto tempo; já seu Batman é posto em cheque durante TODO O FILME, poucas vezes
um super-herói foi tão testado assim no cinema – e Bale comprova que é o ator
IDEAL para viver Batman pela intensidade com que mostra o cansaço de Batman –
físico e psicológico; ao mesmo tempo que sua vontade de tornar tudo melhor. Já
Eckhart cria um Harvey Dent idealista carismático e MUITO corajoso que encontra
reflexo nas intenções de Bruce Wayne – e é tocante ver Bruce reconhecendo isso
em Dent. E a interpretação de Eckhart durante as provações psíquicas e morais
que Dent é obrigado a passar é BELA e TRÁGICA... traz uma emoção MUITO
verdadeira para um filme que já muito COMOVENTE.
O filme ainda conta com qualidades técnicas ADMIRÁVEIS: o som é maravilhosamente bem editado e mixado, denotando muita sensibilidade e realismo nas cenas de ação; a fotografia combina muito bem com o tom sombrio e pesado do filme, carregando uma violência e crueldade implícitas assustadoras. Já os efeitos visuais do filme são práticos e utilizados com sagacidade – nada mirabolante ou grandiloqüente. A trilha sonora de James Newton Howard e Hans Zimmer é simplesmente sufocante e acompanha as ações do Coringa de modo a enaltecer ainda mais sua mente doentia e sua perversidade, sem esquecer de demonstrar com sensibilidade a tragédia e o drama de Bruce Wayne e daqueles que o cercam.
Afinal, a grandiosidade do filme de Nolan está nas dinâmicas entre os personagens e seu roteiro surpreendente e inteligente, e isso coloca “O Cavaleiro das Trevas” como um filme digno de respeito a admiração tanto por fãs de HQs quanto para cinéfilos.
O filme ainda conta com qualidades técnicas ADMIRÁVEIS: o som é maravilhosamente bem editado e mixado, denotando muita sensibilidade e realismo nas cenas de ação; a fotografia combina muito bem com o tom sombrio e pesado do filme, carregando uma violência e crueldade implícitas assustadoras. Já os efeitos visuais do filme são práticos e utilizados com sagacidade – nada mirabolante ou grandiloqüente. A trilha sonora de James Newton Howard e Hans Zimmer é simplesmente sufocante e acompanha as ações do Coringa de modo a enaltecer ainda mais sua mente doentia e sua perversidade, sem esquecer de demonstrar com sensibilidade a tragédia e o drama de Bruce Wayne e daqueles que o cercam.
Afinal, a grandiosidade do filme de Nolan está nas dinâmicas entre os personagens e seu roteiro surpreendente e inteligente, e isso coloca “O Cavaleiro das Trevas” como um filme digno de respeito a admiração tanto por fãs de HQs quanto para cinéfilos.
Sombrio,
imponente, adulto, complexo, emotivo e INESQUECÍVEL, “O Cavaleiro das Trevas”
prova que super-heróis não é somente coisa de crianças.
Informações: http://www.imdb.com/title/tt0468569/
Nota IMDB: 9.0
Batman – O Cavaleiro das Trevas
Ressurge (The Dark Knight Rises, 2012) de Cristopher Nolan
É difícil segurar as lágrimas em um filme como “O Cavaleiro das Trevas Ressurge”.
Nolan brincou com nossas emoções e sentimentos nos dois filmes anteriores ao nos apresentar com INTELIGÊNCIA e SENSIBILIDADE um ser humano melancólico com uma história trágica se tornando um símbolo IMPONENTE de tudo que a maldade e a violência na sua cidade deveria temer; além de enfrentar vilões GRANDIOSOS que sempre foram orgânicos e significativos em sua trajetória e que REALMENTE ameaçavam seu posto – e tudo embalado por um clima noir sombrio, realista e fatalista.
Nesse terceiro capítulo, Nolan encerra a saga de maneira PERFEITA em seu tom trágico, coerência narrativa com seus antecessores e, mais importante, desenvolvimento complexo de seus personagens já pautados e os novos.
Cristhian Bale encontra uma ressonância dramática IMPACTANTE com seu Bruce Wayne e o Batman. Enquanto o segundo se sente feliz ao ver a paz em Gotham City e seu deve cumprido, Wayne se encontra exausto por todos os conflitos e por seu amor perdido. Bale carrega emoções tão fortes a Wayne que seus embates com o Alfred de Michael Caine são incrivelmente EMOCIONANTES. E Bale entrega uma caracterização impressionante, transparecendo cansaço no início do filme e nos fazendo crer em sua luta para voltar à forma. E quando vemos Batman de volta à ativa, Bale impõe uma presença tão intensa que nos faz chorar. O já citado Caine tem os dois dos momentos mais LINDOS e VERDADEIROS do filme – lágrimas mais uma vez, e explode em sentimentos quando consegue desabafar os seus receios quanto à vida oculta de seu “filho” Bruce. Do time antigo, Morgan Freeman vota mais uma vez como um senso lógico e ético ao filme, ao passo que Gary Oldman exibe uma dor quase palpável ao pensar no seu arrependimento ao exaltar Harvey Dent e condenar Batman – além de estar mais inteligente e frio do que nunca.
Em
relação aos novos personagens: o John Blake de Joseph Gordon Levitt é um
personagem que encontra reflexos no sofrimento de Bruce Wayne e, mais uma vez lágrimas,
o faz encontrar mais motivação – a performance de Levitt ainda traz o realismo
e a melancolia do universo criado por Nolan; a Miranda Tate de Marion Cotillard
traz um calor humano à Bruce Wayne, e ainda cria uma rima com o primeiro filme
incrivelmente densa e poética; já a Selina Kyle/Mulher-Gato de Anne Hathaway é
ABSURDAMENTE sexy, poderosa e ameaçadora – apresentando uma presença em tela
INVEJÁVEL, principalmente em cenas de ação ao lado de Batman; ela possui ainda
um peso dramática e um conflito ético tocante ao longo do filme.
Por fim, o vilão Bane é vivido de forma INTENSA por Tom Hardy, prova disso é que com um trabalho IMPECÁVEL de voz e expressão de olhares, Hardy consegue passar um mundo de sentimentos em suas ações, além disso, seu tipo físico consegue criar temor REAL pelo destino de Batman.
Por fim, o vilão Bane é vivido de forma INTENSA por Tom Hardy, prova disso é que com um trabalho IMPECÁVEL de voz e expressão de olhares, Hardy consegue passar um mundo de sentimentos em suas ações, além disso, seu tipo físico consegue criar temor REAL pelo destino de Batman.
É verdade
que o roteiro dos Nolan aqui não é tão intricado quanto ao de “O Cavaleiro das
Trevas”, mas é tão profundo e emotivo quanto. As motivações do vilão encontra
reflexo em toda a trajetória, principalmente origem, de Batman, e torna ao
avesso tudo que havia sido criado em Gotham desde então. A trama policial do
filme, com seus conflitos, é tão inteligente e emblemática quanto no filme
anterior, a continuidade dos conflitos de Gordon, Wayne e Alfred não
desrespeitam e ainda aprofundam mais o que havia ocorrido antes. O
desenvolvimento de John Blake é feito com muita segurança e o de Selina
Kyle/Mulher-Gato com um ar de descontração pesarosa ADMIRÁVEL.
Nolan, como sempre, filma tudo com um clima de perigo iminente e uma urgência agonizante, sendo que a tensão criada durante todo o filme é EXEMPLAR. Mas, ciente de que está em seu último filme da franquia, Nolan impõe uma GRANDIOSIDADE às cenas que nos emociona e nos traz um ar de encerramento que, ao mesmo tempo, nos comove e nos já faz sentir saudades daqueles personagens que aprendemos a admirar. Muito disso vem da trilha sonora empolgante e EMOCIONANTE de Hans Zimmer.
Nolan, como sempre, filma tudo com um clima de perigo iminente e uma urgência agonizante, sendo que a tensão criada durante todo o filme é EXEMPLAR. Mas, ciente de que está em seu último filme da franquia, Nolan impõe uma GRANDIOSIDADE às cenas que nos emociona e nos traz um ar de encerramento que, ao mesmo tempo, nos comove e nos já faz sentir saudades daqueles personagens que aprendemos a admirar. Muito disso vem da trilha sonora empolgante e EMOCIONANTE de Hans Zimmer.
Nolan
ainda cria momentos de ação arrebatadores aqui – com destaque para o retorno de
Batman, ao lado de Mulher-Gato; a cena inicial de Bane e a corrida final – de
volta com a Mulher-Gato; nesse momentos Nolan edita o filme com uma fluidez
admirável ao mostrar as ações de personagens diferentes ao mesmo tempo. Porém,
o foco de Nolan aqui não é as cenas de ação – que impressionam, mas sim os
conflitos emotivos entre os personagens. Nolan ainda apresenta uma fotografia
seca e sombria, além de levemente desaturada, que impõe um clima de violência e
realismo ao filme. Aliás, a paleta de cores dos figurinos é de um preto
abundante – o que instila ainda mais obscuridade, e os figurinos de Batman,
Mulher-Gato e Bane são exemplares pelo realismo, praticidade e estilo.
Quanto ao
fim do filme, Nolan consegue deixar tudo amarrado de forma cíclica com os
outros filmes e EMOCIONA MUITO ao demonstrar carinho imenso aos personagens que
nos ensinou a amar e admirar.
Por tudo
isso, a trilogia “Batman” de Cristopher Nolan é, sim, a MELHOR TRILOGIA DE
SUPER-HERÓI DO CINEMA MUNDIAL!
Informações: http://www.imdb.com/title/tt1345836/
Nota IMDB: 8.8
Leu? Tem algo a acrescentar? comente!!
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