sábado, 17 de novembro de 2012

Hair (1979)





Crítica feita por: Marcelo Alvim

    Esse filme, de 1979, foi baseado em um sucesso na Brodway, de dez anos antes, “Hair: The American Tribal Love Rock-Musical”, em cartaz de 1967 a 1972.
   A Peça tinha uma abordagem agressiva, mostrando o choque cultural do antigo com o novo, era um bando de jovens cabeludos, de roupas exóticas e muito coloridas, que expressavam sentimentos selvagens. Foi o que melhor representou a ruptura de mundos, estavam lá os conflitos de gerações e de raças, a aversão ao mundo de guerras (Vietnã) e também, como símbolo total da rebeldia, pregavam o sexo livre e o uso de drogas alucinógenas. Queriam um mundo de Paz e Amor.
   Este filme rock-musical foi escrito por James Rado e Gerome Ragni, também autores das letras das músicas criadas por Galt MacDermot (dirigiu a trilha sonora do filme). Rado e Ragni, criticaram as mudanças feitas da peça teatral para o cinema, achando que haviam retratado os hippies como "algum tipo de aberração", sem qualquer ligação com o movimento pacifista. Mas discordo dos escritores, transportar obras para a linguagem cinematográfica não é uma tarefa fácil, considerei excelente a escolha do cineasta Milos Forman, ele usou de muita criatividade e escolheu ótima equipe, o que explica a o sucesso do de público alcançado pelo filme.


   O filme conta com um elenco forte e novo, girando em performances simpáticas, dentre as estrelas do filme, John Savage protagonizou Claude, um filho de fazendeiros do interior dos EUA, que chega a Nova York para se incorporar ao exército em guerra. É quando ele conhece um bando de hippies no Central Park: Berger (Treat Williams), o "chefe" da tribo, um sujeito entusiasmado e divertido, e os demais Jeannie (Annie Golden), Woof (Don Dacus) e Hud (Dorsey Wright). Conhece também, a beleza atraente de Beverly DAngelo, que também cruza os caminhos da animada turma.
    O filme mistura o enredo com as musicas, elas ajudam a contar a história do filme, juntamente com extraordinárias coreografias de Twyla Tharp, embaladas pelo som das canções que contagiam. Logo no inicio, assistimos a um show deslumbrante com “Aquarius”, interpretada por Ren Woods, uma linda cantora americana, negra, com um vozeirão que encanta a todos e nos faz entrar no clima. Considero uma das cenas memoráveis do cinema.
    No transcorrer do filme, presenciamos varias outras cenas hilárias, muitas delas com musica, que nos levam a momentos igualmente prazerosos.
    Sinta essa poesia musical do cinema, você vai entrar numa viagem gostosa e única. Recomendo a quem gosta de uma ótima musica, ou a quem deseja entender o movimento hippie e a contra-cultura dos anos 60, ou até mesmo a quem quer só se divertir num filme emocionante.

Nota: 7.2



Leu? Tem algo a acrescentar? comente!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário